FITA Magazine
As Cruzadas, de Thomas Asbridge
Artigo por Francisco Teles da Gama
As Cruzadas, Thomas Asbridge, Crítica, 2024 [Fotografia: FITA]
Este monumento historiográfico do investigador Thomas Asbridge, que foi publicado recentemente em Portugal pela CRÍTICA, relata-nos o percurso e confrontos que compuseram as nove cruzadas, disputadas entre o finais dos séculos XI e XIII.
É importante referir que este momento bélico foi sentido por todo o Mar Mediterraneo, não se cingindo apenas ao Médio Oriente, portanto assistimos a demandas pela conquista de cidades como Constantinopla, na Quarta Cruzada, entre 1202 e 1204, onde Veneza teve um papel decisivo, na construção de navios e no envio de contingente militar.
As Cruzadas, Thomas Asbridge, Crítica, 2024 [Fotografia: FITA]
As Cruzadas, de Thomas Asbridge
Artigo por Francisco Teles da Gama
As Cruzadas, Thomas Asbridge, Crítica, 2024 [Fotografia: FITA]
Este monumento historiográfico do investigador Thomas Asbridge, que foi publicado recentemente em Portugal pela CRÍTICA, relata-nos o percurso e confrontos que compuseram as nove cruzadas, disputadas entre o finais dos séculos XI e XIII.
É importante referir que este momento bélico foi sentido por todo o Mar Mediterraneo, não se cingindo apenas ao Médio Oriente, portanto assistimos a demandas pela conquista de cidades como Constantinopla, na Quarta Cruzada, entre 1202 e 1204, onde Veneza teve um papel decisivo, na construção de navios e no envio de contingente militar.
As Cruzadas, Thomas Asbridge, Crítica, 2024 [Fotografia: FITA]
Não esquecendo o papel português, também é abordada a tomada de Lisboa, que se destacou como o primeiro confronto da Segunda Cruzada, em 1147. D. Afonso Henriques pediu o auxílio dos cruzados, que foram exortados por São Bernardo de Claraval a fazer escala em Portugal, durante a sua viagem rumo à Terra Santa.
Como perceberam o autor não se dedica apenas a descrever a Terceira Cruzada, que vemos representada com abundância na cultura popular, através de romances, filmes e estudos académicos. Nestas visões Ricardo Coração de Leão e Saladino significam os dois eternos antagonistas. Mas as cruzadas vão muito para além desta visão circunscrita e lateral. As páginas da obra que agora se anuncia em Portugal vão até às raízes de um história ainda bem presente nos nossos dias.
Asbridge mantém uma escrita empolgante em toda a narrativa, nunca esquecendo os pormenores diplomáticos e estratégicos de ambos os exércitos. Tenta da melhor forma demonstrar as ambições e motivações, tanto cristãs como islâmicas, mas deixando bem claro que a História não pode ser usada como bandeira para disseminar o ódio ou derrubar a paz. Como ele nos escreve: “A realidade destas guerras medievais tem de ser explorada e compreendida para que as forças da propaganda sejam amenizadas e os incitamentos à hostilidade combatidos.”
As Cruzadas, Thomas Asbridge, Crítica, 2024 [Fotografia: FITA]
Como perceberam o autor não se dedica apenas a descrever a Terceira Cruzada, que vemos representada com abundância na cultura popular, através de romances, filmes e estudos académicos. Nestas visões Ricardo Coração de Leão e Saladino significam os dois eternos antagonistas. Mas as cruzadas vão muito para além desta visão circunscrita e lateral. As páginas da obra que agora se anuncia em Portugal vão até às raízes de um história ainda bem presente nos nossos dias.
Asbridge mantém uma escrita empolgante em toda a narrativa, nunca esquecendo os pormenores diplomáticos e estratégicos de ambos os exércitos. Tenta da melhor forma demonstrar as ambições e motivações, tanto cristãs como islâmicas, mas deixando bem claro que a História não pode ser usada como bandeira para disseminar o ódio ou derrubar a paz. Como ele nos escreve: “A realidade destas guerras medievais tem de ser explorada e compreendida para que as forças da propaganda sejam amenizadas e os incitamentos à hostilidade combatidos.”
As Cruzadas, Thomas Asbridge, Crítica, 2024 [Fotografia: FITA]